Dia das Crianças: cresce o número de irregularidades no transporte de crianças

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) faz um alerta sobre o aumento de infrações relacionadas à falta de uso de cadeirinhas e outros dispositivos de segurança no transporte de crianças em veículos. Em 2023, foram registradas cerca de 1.000 autuações envolvendo o transporte irregular de crianças, como a ausência de cadeirinhas, bebê conforto ou assento de elevação, além de dispositivos de retenção mal afixados. Esse número representa um aumento de 30% em relação a 2019, quando foram registradas aproximadamente 700 autuações.

Os dados preocupam a PRF, que observa um crescimento contínuo dessas infrações. Em 2022, foram registradas cerca de 800 autuações. Já em 2024, até o momento, cerca de 600 infrações foram registradas, um número que tende a aumentar com a chegada das festividades, feriados e férias escolares no final do ano.

A Resolução 277 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) estabelece que crianças menores de 10 anos devem ser transportadas nos bancos traseiros, utilizando o cinto de segurança individualmente. Além disso, crianças de até sete anos e meio precisam usar dispositivos de retenção adequados, conforme a faixa etária: até 1 ano, bebê conforto; de 1 a 4 anos, cadeirinha; de 4 a 7 anos e meio, assento de elevação; de 7 anos e meio a 10 anos, cinto de segurança no banco traseiro. Após os 10 anos, já podem ser transportadas no banco dianteiro, sempre com o cinto de segurança.

Esses dispositivos são projetados para reduzir o risco de morte ou lesão grave em caso de colisão ou frenagem brusca. Quando utilizados corretamente, os equipamentos de retenção diminuem em até 80% os riscos de morte em acidentes.

O descumprimento da lei é considerado uma infração gravíssima, resultando em 7 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e multa no valor de R$ 293,47. Neste Dia das Crianças, a PRF reforça a importância de proteger os pequenos no trânsito.

 

informações Polícia Rodoviária Federal