MPE recomenda anulação da inelegibilidade de Caiado e da cassação de Mabel

 A decisão inicial, considerada desproporcional por especialistas em Direito Eleitoral, tem sido amplamente questionada.

De acordo com o procurador regional eleitoral Marcello Wolff, as sanções foram excessivas diante das acusações apresentadas pelo Partido Liberal (PL). Segundo ele, não há provas suficientes que configurem abuso de poder político. Assim, a sentença da juíza Maria Umbelina Zorzetti deveria ser revista.

"O abuso de poder é reconhecido quando há um desequilíbrio real no pleito eleitoral. No entanto, a derrota de Fred Rodrigues (PL) não se deveu a interferências externas, mas a decisões estratégicas de sua própria equipe, como a falta de alianças políticas e a ausência de respostas às denúncias que surgiram durante a campanha", explicou Wolff.

Apesar da recomendação para reverter a inelegibilidade e a cassação, o procurador manteve a sugestão de aplicação de multa aos envolvidos, considerando que, embora não tenham comprometido a legitimidade do pleito, algumas condutas merecem ser penalizadas.

A decisão final caberá à Justiça Eleitoral, que agora avaliará o parecer do MPE e os argumentos apresentados no processo.