Países latinos condenam ordem de prisão contra González na Venezuela
Um primeiro comunicado foi compartilhado pela chancelaria da Costa Rica, mas com a assinatura de Argentina, Guatemala, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai.
Postado em 04/09/2024Reprodução A RedaçãoGovernos de oito países da América Latina emitiram um comunicado condenando o mandado de prisão contra o ex-diplomata e candidato opositor à presidência da Venezuela Edmundo González nesta terça-feira (3/9). O Brasil não está entre estes países. Apesar de o governo Lula ter sinalizado incômodo com mais uma escalada autoritária do ditador Nicolás Maduro, ainda não se manifestou publicamente sobre o caso.
Um primeiro comunicado foi compartilhado pela chancelaria da Costa Rica, mas com a assinatura de Argentina, Guatemala, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai. O Chile também se manifestou contra a prisão de González em um comunicado posterior. "Argentina, Costa Rica, Guatemala, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai rejeitam de forma inequívoca a ordem de prisão emitida pelo Juiz do Primeiro Tribunal Especial do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela contra o senhor Edmundo González, candidato presidencial da oposição no último processo eleitoral de 28 de julho de 2024", diz o comunicado.
O mandado emitido pela Justiça da Venezuela na segunda-feira, 2, atendeu a um pedido do Ministério Público. O candidato presidencial está sendo investigado pelos crimes de usurpação de funções, falsificação de documentos públicos, incitação à desobediência, conspiração e sabotagem de sistemas por denunciar fraude na última eleição. A investigação tem como foco o site que a oposição criou para divulgar as cópias das atas das urnas eleitorais que comprovariam a sua vitória de González contra Maduro, com 67% dos votos.
Do outro lado, instituições alinhadas ao chavismo declararam e ratificaram a reeleição de Nicolás Maduro, sem que os dados das urnas fossem apresentados até agora, um mês depois da eleição. No dia 22 de agosto, o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela (TSJ) reconheceu a vitória de Maduro e proibiu a divulgação das atas eleitorais. Pressionado pela comunidade internacional, o chavismo tem aumentado a repressão aos críticos com a prisão em massa de manifestantes, incluindo menores de idade, e a abertura de investigação contra os líderes da oposição. Para os sete países que assinam o primeiro comunicado, o mandado de prisão "cita vários crimes que nada mais são do que uma tentativa de silenciar González e ignorar a vontade popular venezuelana".
De acordo com o texto publicado pela chancelaria da Costa Rica, os sete países latino-americanos apontam que não existe separação de poderes e nem garantias judiciais na Venezuela. "Nossos esforços serão firmes e contínuos para exigir que as autoridades venezuelanas garantam a vida, a integridade e a liberdade". Em um comunicado separado, o Chile também reiterou que "condena qualquer forma de repressão contra os opositores do regime ditatorial da Venezuela".
Brasil em silêncio
Até agora o governo de Luiz Inácio Lula da Silva não se manifestou sobre o mandado de prisão contra González. Segundo apuração do Estadão, o governo Lula viu com muita preocupação a ordem de prisão. Em conversas reservadas, o presidente brasileiro chegou a dizer que o país vizinho está se distanciando cada vez mais da comunidade internacional.
Na avaliação do Itamaraty, Caracas tem mandado sinais de que não quer negociar. Lula ainda não chama Maduro de ditador, mas, de acordo com interlocutores, já percebeu que ele se enreda cada vez mais numa escalada autoritária. Nos bastidores, há divergências no governo em relação ao tom a ser adotado com Maduro. Enquanto auxiliares de Lula no Palácio do Planalto defendem uma posição que mantenha "pontes" abertas para o diálogo com Caracas a qualquer momento, o Itamaraty vê pouco espaço para novas concessões diante do fortalecimento da ditadura na Venezuela.
Desde o pleito venezuelano no fim de julho Brasil, Colômbia e México tentam intermediar um diálogo entre o regime chavista e a oposição, mas a comunicação com Maduro está cada vez mais difícil. Nas últimas semanas, Lula chegou a defender a realização de uma nova eleição no país vizinho, o que desagradou tanto os chavistas quanto a oposição.
informações A Redação
Recomendado para você
Marcelo Cordeiro o contador fala sobre a nova tabela de desconto do imposto de renda
Marcelo Cordeiro, o contador fala sobre a nova tabela de desconto do IR.Portal Autos pronto para anunciar o seu veículo
Faça o seu cadastro e venda os seus veículos no Portal Autos. Confira aqui os veículos que estão à venda em Catalão.Guia Catalão dá mais visibilidade e resultado ao seu negócio
Aumente seus leads e obtenha mais cliente para o seu negócio. O Guia Catalão veio para trazer visibilidade para empresas, marcas e instituições de todos os níveis, pequena, média e grande.8 Motivos para investir em Tráfego Pago
Todo esse patrocinado chega nas redes, realizado por uma Gestão de Tráfego Pago que dá resultados reais para a empresa que coloca como estratégia de venda e também no marketing.
Mais sobre Mundo
- MundoMundo13/09/2024
Eleições EUA: Harris lidera com 47% e Trump tem 42%, segundo pesquisa Reuters/Ipsos
A pesquisa também relevou que metade dos eleitores registrados acreditam que Harris ganhou o debate.Postado em 13/09/2024 - MundoMundo11/09/2024
Kamala Harris põe Trump na defensiva e esconde herança de Biden em debate
Acuado, Trump usou mentiras para atacar a candidata democrata e ficou ainda mais irritado quando foi corrigido por David Muir e Linsey Davis, moderadores do debate da emissora americana ABC News.Postado em 11/09/2024 - MundoMundo05/09/2024
Hamas pede que EUA pressionem Netanyahu a acertar acordo de cessar-fogo
Segundo relatos da mídia local, Netanyahu disse hoje em coletiva de imprensa que "jamais concordará" com um cessar-fogo permanente sem que a fronteira entre o sul de Gaza e o Egito possa ser administrada por Israel.Postado em 05/09/2024 - MundoMundo04/09/2024
Britânico de 12 anos sofre parada cardíaca ao inalar desodorante para 'desafio' do TikTok
Segundo a publicação inglesa, o caso ocorreu no mês passado, mas só foi divulgado agora. Na casa, policiais encontraram várias latas de desodorante e outros aerossóis.Postado em 04/09/2024 - MundoMundo02/09/2024
Kiev é atacada por mísseis e drones, informa a Força Aérea da Ucrânia
O prefeito de Kiev, Vitalii Klitschko, disse que os serviços de emergência foram chamados em dois distritos da cidade. Uma pessoa teria sido ferida por destroços de drones e mísseis abatidos pela defesa antiaérea.Postado em 02/09/2024