Caixa entra no mercado de apostas online e projeta faturar bilhões com o próprio 'Bet'

A medida representa a entrada de um banco estatal no crescente e regulamentado mercado de apostas esportivas do Brasil, com a ambiciosa meta de arrecadar até R$ 2,5 bilhões apenas em 2026.

O presidente da Caixa, Carlos Vieira, afirmou em entrevista que a instituição se tornará uma "jogadora importante" no cenário nacional. A iniciativa faz parte de uma estratégia de diversificação de receitas, aproveitando a regulamentação do mercado de apostas, que tem atraído tanto empresas nacionais quanto estrangeiras.

Contexto e regulamentação
A entrada da Caixa ocorre em um momento de consolidação do mercado regulamentado, impulsionado pela Lei nº 14.790/2023. Desde 1º de janeiro de 2025, a legislação exige que apenas empresas com autorização do governo federal possam operar legalmente. A autorização, concedida pela Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) do Ministério da Fazenda, permite que operadoras usem até três marcas diferentes, todas sob o domínio “.bet.br”.

Para a Caixa, a novidade chega para disputar espaço com plataformas privadas já estabelecidas. O banco, que já é o principal operador de loterias no país, busca agora migrar sua experiência e base de clientes para o segmento digital de apostas online.

Impacto no mercado e na arrecadação
A chegada da Caixa é vista como um marco para o setor, podendo reforçar a legitimidade e a transparência do mercado regulado. A expectativa é que a concorrência se intensifique, beneficiando o consumidor e, consequentemente, a arrecadação de impostos pelo governo. As empresas autorizadas, por exemplo, devem pagar uma taxa de fiscalização anual, além de cumprirem diversas exigências para proteção dos apostadores, como ferramentas de controle para jogo compulsivo e proibição de participação de menores de 18 anos.

Com o lançamento em novembro, a plataforma da Caixa passará a oferecer apostas esportivas e jogos online, complementando o portfólio de loterias tradicionais. A aposta da Caixa em um segmento bilionário demonstra a confiança no potencial de crescimento e na robustez do novo mercado regulamentado no Brasil.